Dentro e fora de portas, Guimarães coexiste em cada canto da Quinta Pousada de Fora. As tradições interligam-se com a contemporaneidade e com a simplicidade, originando a mais pura das perfeições.
Um local distinto para ser sentido, vivido e partilhado com aqueles que nos são mais especiais. É mais do que típica história que aparece nos livros, é um novo capítulo que está a ser escrito e ilustrado por quem aqui passa.
A vinha está instalada sobre solos profundos
argilo-húmicos muito férteis, as linhas têm maioritariamente uma orientação
Norte-Sul. Optou-se por uma plantação em compasso apertado promovendo a
competitividade entre plantas e consequente diminuição do excessivo vigor das
castas, permitindo também maior eficiência na gestão do solo e das produções.
Conduzidas em cordão simples bilateral ascendente as vinhas atingem uma
expressão vegetativa com elevada altura e pequena largura favorecendo
equilibrada maturação das uvas em sebes bem expostas e arejadas.
O microclima quente e seco, de tipo mediterrâneo, combina invernos rigorosos com verões muito quentes, com baixas precipitações.
Os vinhos Quinta Pousada de Fora são elaborados exclusivamente a partir das castas Loureiro e Arinto.
Entre Dezembro e Fevereiro realizamos a poda de inverno ou poda de renovação / frutificação. É um processo manual de corte, escolha de ramos e gomos que permitam o bom desenvolvimento dos frutos da campanha seguinte. Na nossa Quinta é realizada por trabalhadores locais que fazem já parte do grupo de amigos. É uma tarefa que exige conhecimento e experiência e que se desenvolve quase sempre sobre clima adverso seja pelo frio seja pelos dias de chuva que tanto caracterizam a nossa região. É uma tarefa fundamental e que condiciona não apenas a produção do ano agrícola em início, mas também a qualidade e quantidade das uvas dos anos seguintes.
Em meados de Abril, desenvolvem-se os “sarmentos” (novos rebentos de vinha). Muitos são os sarmentos que interessam para a produção da uva, mas muitos outros são excedentes que convém eliminar. A estes rebentos a eliminar chamamos de “Ladrões” e ao processo de remoção dos ladrões chamamos de “Desladroamento” e que consiste num trabalho manual focado de remoção e escolha destes ramos. A operação é totalmente manual e realiza-se sem a necessidade de ferramentas mecânicas dependendo apenas da perícia e qualidade de executante e do resultado final que se espera obter na condução da vinha.
Escolhidos os ramos a ficar e eliminados os ladrões, a vinha atinge rápido desenvolvimento e os seus ramos tendem a ficar compridos, arqueados e quebradiços. Orientar estes rebentos dentro da estrutura de arames que se dispõe nas linhas de plantação é a tarefa a que chamamos de “Pentear a vinha”. Pretende-se atingir dois principais objectivos: consolidar e apoiar os sarmentos de forma a que não partam e ordenar as linhas de plantação de forma a que o desenvolvimento da vinha se faça numa sebe vertical permitindo boa exposição dos frutos ao sol, ao vento e aos tratamentos a aplicar.
A poda verde realiza-se já com equipamentos mecânicos que permitem cortar a totalidade das linhas de vinha em apenas 1 a 2 dias de trabalhos. Trata-se de cortar todos os rebentos de vinha que mesmo tendo sido aramados e penteados, tendem em crescer para o centro das entrelinhas. A passagem do trator permite cortar as faces laterais e os topos das “paredes de vinha” formando assim sebes ordenadas com largura e altura previamente definidas para a melhor maturação e desenvolvimento das uvas.
O controlo de maturação é tarefa fundamental à qualidade dos vinhos e à marcação da vindima. A partir de meados de Agosto iniciam-se trabalhos de recolha de uvas em parcelas definidas por toda a vinha, uvas essas que são avaliadas em parâmetros de qualidade que passam pelo controlo do aspeto visual, controlo dos parâmetros de prova das uvas e do seu sumo e por controlo de parâmetros analíticos em laboratório que permitem definir como e quando vindimar cada tipo de uvas para cada tipo de perfil de vinhos que pretendemos produzir. É um processo manual realizado entre os responsáveis de Viticultura e o departamento de Enologia.
Sem data fixa e sempre determinada pela qualidade das uvas e dos vinhos que se pretendem produzir. Normalmente ocorre durante o mês de Setembro podendo ser antecipada ou atrasada de acordo com o clima de cada ano e o percurso de maturação das uvas. Na nossa quinta a vindima é integralmente realizada por colheita manual e sempre com recurso a trabalhadores locais já amigos de várias campanhas tornado assim o trabalho árduo da apanha das uvas, num momento de convívio e alegria. A data de realização da vindima em cada parcela e a forma de colheita das uvas determina a qualidade e a quantidade dos vinhos que se irão produzir e a transformação imediata das uvas em mosto é uma tarefa diária num processo que por norma nos ocupa entre 12 a 14 dias de vindima.
A produção da uva em cada ano é determinada pela qualidade das operações de condução da vinha e do registo climatérico de cada ano. Assume particular importância na região o controlo de doenças e a gestão da água e da qualidade do solo. Assim as nossas práticas balizam-se pelas medidas estabelecidas pelo Modo de Produção em Proteção Integrada. Os solos são mantidos sempre com vegetação e sem mobilização. Existe instalado um sistema de rega com possibilidade de aplicação de fertilizantes, sistema este que apenas é utilizado pontualmente ou em anos de elevado stress hídrico ou calor que ponha em risco a produção. Abaixo apresentam-se os nossos resultados acumulados desde 2018.
Toneladas de uvas produzidas desde 2018
Litros de vinho produzidos desde 2018
Castas diferentes